sábado, 27 de junho de 2015

Vivo



Vivo
Ao contrário,
Ao avesso,
A contramão
Como ideia errada
Deste tempo.

Vivo
A antevéspera,
O anti-horário,
O anticlímax,
O antídoto
O Antibélico.
A pressa do tempo.

Vivo
Assim;
Assado,
Exasperado,
Exausto,
Expatriado,
Neste tempo.

Vivo
Dos espantos,
Das esperas,
Das feras,
Dos mantos,
Dos tempos santos.

Vivo
Errante,
Delirante,
Inebriado,
Sedado,
Inadvertido,
Em tempo errado.

Vivo
Da utopia;
Da celeridade;
Da flor;
Da semente;
Da dor;
Do solo estéril;
De cada dia.

Vivo
Do nada;
Da histeria alada;
Das verdades
Dos satélites;
Da indignidade;
Da geriatria das falas!!!



 

MAReis

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Nós na Linha

Nós na Linha



Quando a linha
Alonga-se no tempo,
As pontas em nós,
Vive o perigo
Dos nós!!!

Há sempre um nó
A ser desatado,
Na corda
Na vida,
E na garganta.

Há sempre um nó
A ser desfeito
Frouxo
Cego,
No laço.

Há sempre um nó,
Apertado,
Embaraçado,
No espaço vago
No hiato dos nós.

Há sempre o abraço,
Para desfazer nós,
Desembaraçar linhas,
Refazer laços,
Dos nós em nós!!

MAReis

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Oriente-se!!

Oriente-se!!!

Hoje, o sabiá
Acordou o dia
Na minha janela.
Um pouco de saudade
No cinza da cidade.
No canto
Que me leva lá,
Onde se ouve
O sol abrir a noite
E o dia nascer
No bico do sabiá.
Oriente!!!
MAReis