Estrangeiro em mim
Sou um estrangeiro
Em mim mesmo.
Não me traduzo mais,
Falta-me língua
Para interpretar-me.
No tecido da minha vida
As manchas do vinho,
Tingem de tinto os olhos.
E as mãos imóveis apoiam
A cabeça e o peso da vida.
A transparência da taça
Adormece no silêncio do só.
E o relógio vai engolindo
A madrugada imensa,
Na finitude do tempo.
Os pensamentos, tão cansados
De existirem, reinventam-se,
Mas já não têm forças para ir.
Eu, então, levanto a bandeira
Branca da minha paz!!
MAReis
Sou um estrangeiro
Em mim mesmo.
Não me traduzo mais,
Falta-me língua
Para interpretar-me.
No tecido da minha vida
As manchas do vinho,
Tingem de tinto os olhos.
E as mãos imóveis apoiam
A cabeça e o peso da vida.
A transparência da taça
Adormece no silêncio do só.
E o relógio vai engolindo
A madrugada imensa,
Na finitude do tempo.
Os pensamentos, tão cansados
De existirem, reinventam-se,
Mas já não têm forças para ir.
Eu, então, levanto a bandeira
Branca da minha paz!!
MAReis