terça-feira, 11 de julho de 2017

Latência

O vento que serenamente sopra,
Nesta manhã em que o sol vacila
Recolhe, timidamente, a sobra,
Do que no afã de ser sonho, oscila.

Por entre os opostos: de um lado,
Luz e vida, de outro, só pesadelo.
E assim, no riso aberto e revelado,
Nasce o grito na incerteza de tê-lo.

Se em todo sonho vibra o que é vida,
Neste também punge a latência de ser,
Num esforço louco que não se intimida.

Já que pulsa esta vontade de se refazer,
No sol deste dia, então que tempo sobre
Para sonhar e que a vida nos seja nobre!

MAReis

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