Despedida!!!
Prá Dizer que Não Falei de Flores, embarquei
no Trem das Onze, aquele velho Trem Azul. E nele vou seguindo rumo ao Fim de
Tarde, meu coração em Disparada, perdido em um Porto de Solidão.
Além dos meus olhos, lá fora, As Águas de
Março vão fechando o verão e contra a janela chocam Pingos de Amor.
Aquele amor desenhado no Sonho de Ícaro,
lembra?
Você não me Ensinou a Te Esquecer, e nesta
Travessia, nesta viagem louca e vertiginosa no tempo, nesta espaçonave de Eva, vou
Vivendo e Aprendendo a Jogar, mas bem sei que Se eu Quiser Falar com Deus, preciso
recolher os Retalhos de Cetim e desviver este amor de O Bêbado e a
Equilibrista.
Preciso, Como Nossos Pais, minha Preta
Pretinha, voar para além das minhas dores nas asas coloridas de um Pavão
Misterioso, posar a beira mar, Passar uma Tarde Itapuã e como em um Conto de
Sereia, reviver Aquele Abraço e Botar o Meu Bloco na Rua. E deixar toda essa
dor ser uma Nuvem Passageira que como o vento se vai.
Aquela
Casinha Branca que sonhei por acreditar que Foi Deus quem Fez Você, é agora
apenas uma Aquarela no peito deste Marinheiro Só, tornou-se apenas uma Saudosa Maloca
onde eu você passamos tempos felizes de nossas vidas.
Não! O nosso amor não Está Escrito nas
Estrelas. Você é Menina Veneno, um Falso Brilhante que trago nas mãos e só
agora percebo.
Porém sei que há em mim um jardim irrigado
pelo meu Sangue Latino, onde hei de aprender a ser só ou então deixar nascer uma
nova Garota de Ipanema e hei de ser feliz Outra Vez.
Upa! Neguinho, reaprendendo a ser feliz. Então,
Canta, Canta Minha Gente, o Mar Serenou!!!
MAReis