segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Travessia

Da infância
Nos meus risos contidos;
Ficou a desconfiança,
E os meus gestos concisos.

Da adolescência,
Naquela gota d'água;
Ficou a inconsciência,
Amarga das mágoas.

Da juventude,
Naqueles planos confusos;
Ficaram sonhos em amplitude,
E os meus gritos difusos.

Mágoas! Hoje não vivo delas.
Para que lembrá-las?
Minhas raízes são centenárias,
E não existe lugar para elas.

Desconfianças, matou-as o tempo,
E o pouco que sobram delas,
É relíquia do meu sustento.
É instinto de vida que há nelas.

Os sonhos permanecem vivos,
Símbolos de todas as loucuras,
Traduzidos em outros gritos,
Vão mediando minhas aventuras!

Só ferro em brasa marca boi!!!


MAReis

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