Enigma
O que se busca além
dos olhos,
São outros olhos que
iluminam.
Porque o enigma
continua
Em uma só prece,
E tantas dores
diferentes!
Hoje, a minha paz vem
Deste cinza que abraça
a cidade,
Deste azul por trás do
cinza,
Destas vozes, na
ressonância
Dos ecos diluídos,
desta garoa,
Deste verde que veste
a terra.
Amanhã, quem sabe?
Talvez venha nua e
crua,
Talvez em uma foto
De um tempo qualquer.
Talvez no bico de um
sabiá
No choro de um
bem-te-vi,
No grito de um galo
campineiro
À janela aberta do meu
quarto.
Talvez por outros
caminhos,
No galope de um
alazão,
No vagão de um trem,
Nas asas de um avião,
Em uma mensagem
Que se aproxima, quem sabe?
MAReis
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