segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Estação da Luz em Mim.



Estação da Luz em Mim

Quando o trem apita na Estação da Luz,
O coração bate forte, sacoleja e me traduz.
E São Paulo aparece na velocidade da janela,
E o mais que pretérito renasce a margem dela.

Uma cidade sem reboco à beira da linha,
Cheia de lembranças e saudades minhas.
E quando meu destino me pede que apeie,
Minha boca range antes que o trem freie.

Meus olhos choram a curva engolir o trem.
O peito dói martelando saudades de outrem.
Minha alma, onde se esconde toda dor em mim,
Leva-a o trem! Ela e estas lembranças sem fim.

Na Luz, o tempo corre por duas linhas paralelas,
Meu nome e teu endereço. Memórias apenas?
Vozes e sonhos escritos em páginas amarelas?
Por que agora, se antes foram tão pequenas?

E o trem vai perdendo o rumo,
Rumo a um ponto final ...

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