segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ALHEIO

Alheio.

O sabiá
Recolhe as asas,
Por inteiro,
Atento
Ao tempo da lagarta.

No sopro
Que vem no vento
E na dor repentina,
Canta a tempestade
Que se aproxima.

E a lagarta
Deixa a casa
Desatenta ao olhar
Que se desenha
No bico do sabiá.

E assim,
Vai-se a lagarta,
Antes de se perder
Na seda, e renascer
Nas asas da borboleta.

Mata-se a lagarta
Porque não se conhece
A história
Da borboleta!!!


MAReis

Nenhum comentário:

Postar um comentário