sexta-feira, 14 de março de 2014

Relatividades

Relatividades

Um pingo de água
Na boca aveludada
Da tarântula
É veneno.

Um pingo de água
Na boca cansada
Do operário
É suor.

Um pingo de água
Na boca manchada
De batom
É lágrima.

Um pingo de água
Na boca tremula
Do tempo
É solidão.

Mas no esforço do abraço,
A água, lentamente, pinga
Lavando o veneno das mágoas,
Varrendo a solidão do tempo,
Dando novos sentidos
Para as lágrimas.

Lá fora, canta o telhado
Ao ritmo sereno da chuva,
Aqui dentro, entorpecido,
O sono reinventa os sonhos
Para a alma e para a vida!!!
 


 MAReis

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