quarta-feira, 16 de março de 2016

Ódio ao Ódio



Ódio ao Ódio

O ódio violenta a rua,
Dos becos e das bocas,
Uivam as palavras ocas,
No doido sentido da Lua.

E todo horror se mostra belo,
E sob as máscaras anêmicas,
Exala o odor da ira sistêmica,
Na loucura e no riso acéfalo.

E dos brados loucos e doentes,
Brotam como germes da oratória,
Os pastores dos ecos impotentes,
Predadores da vida e da memória.

Pode o tempo matar a História,
Aqueles sonhos, nossos mártires,
Aquela certeza, a nossa vitória,
Aquele futuro, os nossos líderes?

Respira! O que está além do umbigo
Resiste! No peito e no coração, amigo!

MAReis

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