Ódio ao Ódio
O ódio violenta a rua,
Dos becos e das bocas,
Uivam as palavras
ocas,
No doido sentido da
Lua.
E todo horror se
mostra belo,
E sob as máscaras
anêmicas,
Exala o odor da ira
sistêmica,
Na loucura e no riso acéfalo.
E dos brados loucos e
doentes,
Brotam como germes da oratória,
Os pastores dos ecos impotentes,
Predadores da vida e
da memória.
Pode o tempo matar a
História,
Aqueles sonhos, nossos
mártires,
Aquela certeza, a nossa
vitória,
Aquele futuro, os
nossos líderes?
Respira! O que está
além do umbigo
Resiste! No peito e no
coração, amigo!
MAReis
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