Hoje, São Paulo
Anda um que diferente,
Nos olhos.
Um que de nostálgica
Na alma.
Vai brincando de molhar
Meus passos pelos espaços
Por onde passo.
Hoje, São Paulo
Escondeu o sol
No peito calado
Do dia.
E um saudosismo
À toa, sem tamanho,
Sem sentido, saltou-se
Ao ceu da minha boca.
Hoje, São Paulo,
Avessa à monotonia,
Pois-se a garoar,
E esta garoa, garoando
Na gente, é uma hipótese,
Uma ausência
indistinta,
No território do meu peito.
Hoje, São Paulo
Amante de si mesma,
Navega no rio aberto
Do tempo da vida
inteira,
E na distância, a
gente
Por inteiro torna-se
fonte,
Fonte de saudade.
E hoje, São Paulo
Vai garoando,
No meu coração,
Em minhas mãos.
E como por encanto,
Por todo canto nessa
Melodia desajustada
Do meu canto!
Ufa!!! E esta cidade a garoar ...
MAReis
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