sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Lua!!!


Lua!!!



Por entre os dedos

Escapam-me

Os sonhos eternos,

Como o inverno

Na sua longa espera,

Na sua rota incerta

Mata a flor aberta

Ao nascer da primavera.



E o ceu que me fora certo,

Perdeu-se na agonia de Fênix

Sem razão para renascer.

E o tudo que me supria

Sumiu-se sob as chamas

Nas asas recolhidas de Ícaro.



O sol que me resta

É a imagem exposta no espelho,

É a moldura envernizada da boca,

É a face enfeitada pelo rosa pálido,

Como flores de paineiras.



Lua!  Minha dor matou os versos,

E o que penso, escrevo, mas já não é

Poesia, e o que era para ser acalento

Em versos, aos ouvidos dos amantes,

É agora, mas que não seja sempre,

Apenas lamento doido e doído!!!

MAReis

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