domingo, 15 de novembro de 2015

Quando o Domingo Nasce


Quando o Domingo Nasce

A cortina fecha
A madrugada,
Aos corpos cansados
Nos êxtases das camas
Nas alegrias dos copos.

Os braços abrem-se
Aos abraços
Das despedidas.
E o delírio do sol,
Empresta a luz
À cafeína,
Na boca trêmula
Da bailarina.

Os olhos achados
E perdidos
Voltam ao tempo
Antes do espelho.
Os lenços de papel
 Recolhem as marcas
Desfeitas da face.

O domingo nasce
Na ressaca e nos molhos
À mesa. As lembranças
Dançam pelos pratos.
E no tilintar das taças
As esperanças adiadas
Desejam o próximo sábado.

MAReis

Nenhum comentário:

Postar um comentário