terça-feira, 5 de maio de 2015

Minha Poesia ao Chile




Minha poesia
(Uma homenagem ao Chile)

É esta filosofia,
Escrita na saudade
De cada dia.
É esta paralisia
Que empresta
Sentido a vida
Que não se mede
No que se vive,
Mas nas saudades
Do que se sente.

Minha poesia, salvo engano,
Esta no bico do pelicano,
No grito do gavião,
Nas asas do condor,
Na bandurria austral.
No Nandu-de Darwin.

Minha poesia vem da:
Pimenta defumada,
Do sabor da empanada,
Do fogo de chão
Da truta e do salmão,
Do peixe no prato.

Minha poesia vem
Do tilintar das taças,
Do choro dos vinhos
Da doçura das vinhas,
Do chiar das cascatas,
Dos leões-marinhos.

Minha poesia flutua
No azul dos lagos,
Nos penhascos sem fins
Nos picos nevados,
Nas rosas, nos jardins
Nos pendões dos capins.

Minha poesia passeia
Por entre as praças
Pelo relógio de flores,
Pelos brincos das taringas,
Pelas ruas arborizadas,
Pela liberdade dos barcos.

Minha poesia é lembrança
Da vista da casa de Neruda,
Da Armada e da La Moneda,
De Santa Lucia de San Sebastian.
Do Chile de Allende,
De toda aquela gente.

Minha poesia corre
Na boca das lhamas
Na fumaça do vulcão.
Nas garras do caranguejo,
Nos cachorros da rua,
Nas curvas das estradas.

Minha poesia faz festa
Na cerveja do bar,
Na neve,
Na boca,
No estômago,
No cheiro do enxofre.

Minha poesia é abraço
Nos braços abertos
De Nossa Senhora dos Andes!!

MAReis

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