segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Pulsa



Pulsa

 Pulsam os corações em brasas
E as vidas em Fênix renascidas
Levantam convulsionadas as asas
Abandonando as vestes destituídas.

E as asas em movimentos contínuos
Espalham as cinzas deixadas na praça.
E a cidade explode em gritos uníssonos,
Revelando a dor no clamor da massa.

E brada a torre os sinais de alerta
À luz da arritmia cardíaca da cidade
Rompe-se avenida em ferida aberta
E o sangue tinge a heterogeneidade

Chora o que busca o pão
Chora o sem terra e o sem teto,
Chora o peito do patrão
Chora o ofendido e o desafeto

Chora o médico e o doente,
Chora a pressa e o preso
Chora o ébrio a aguardente
Chora a enamorado o desprezo

Chora o gigolô e a prostituta
Chora o bancário e o banqueiro,
Chora o velho e o menino a labuta
Chora o motorista e o passageiro

Todo mundo grita e todo mundo chora
Chora aqui, lá e acolá toda gente,
Vale todo choro? O que importa agora,
É que cada um chora a dor que sente.

E Fênix voa seu voo indiferente
A dor de toda gente!!!

MAReis

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