segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Relatividades



Relatividades
Um pingo de água 
Na boca aveludada 
Da tarântula
É veneno.
Um pingo de água
Na boca cansada
Do operário
É suor.
Um pingo de água
Na boca manchada
De batom
É lágrima.
Um pingo de água
Na boca tremula
Do tempo
É solidão.
Mas no esforço do abraço,
A água, lentamente, pinga 
Lavando o veneno das mágoas,
Varrendo a solidão do tempo,
Dando novos sentidos 
Para as lágrimas.
Lá fora, canta o telhado
Ao ritmo sereno da chuva,
Aqui dentro, entorpecido,
O sono reinventa os sonhos
Para a alma e para a vida!!!

MAReis

Nenhum comentário:

Postar um comentário