sexta-feira, 29 de julho de 2011

São Paulo



São Paulo

Nos ombros,
Sem bússola,
Nas ruas,
Agora.


Outras vozes,
Outras cores,
Outros risos,
Outras miragens.



Das vozes apressadas,
Do cheiro carbonizado,
Dos olhares perdidos,
Dos olhares encontrados.

Das buzinas alucinadas
Dos ruídos da terra,
Dos ruídos do ar,
Das sirenes,

De final tarde,
De começo de manhã,
Das madrugadas,
De outra manhã.

Pinceis, cinzeis e letras,
Telas, mármores e palcos.
Garfo, faca e copo,
Virado, pastel e chope.

Na folha vazia
Matéria prima,
Cidade vestida,
São Paulo.

Viver não cabe em um cartão postal!

MAReis

2 comentários:

  1. Alcançar o inalcançável e aprofundar-se no submerso é a essência da tua límpida e serena poesia, permita-me rotular em meu neófito contentamento. Belíssimo, professor!

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